quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Tudo doente

Primeiro a avó foi operada. Uma catarata coisa simples. Mas durante um mês nada de esforços, nem pensar em pegar na Sofia. E eu reajusto o meu horário, sacrifico idas ao ginásio, faço em 4 horas o trabalho de 6. Depois ela, constipada, entupida há semanas, uma tarde no C. Sáude e muitas noites mal dormidas, no fim-de-semana ele enche-se de borbulhas, hospital, diagnóstico: exantema viral, seja lá isso o que for, ben-u-ron parava febre e 2/3 dias em casa. Eu estou constipada há semanas, ele também... Dá vontade de chorar. Dá mesmo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

As noites que eu passo sem ti....

... nas noites em que ele está a trabalhar, eles choram os dois e eu sou só uma. Ele quer ir à casa de banho, na hora em que estou a mudar-lhe a fralda. Ela chora o jantar inteiro. Ele nunca quer ir dormir. Todos os dias me pede para me deitar com ele um bocadinho, e a irmão precisa que eu a embale para adormecer (tudo ao mesmo tempo). Ele não quer tomar banho, e por qualquer razão passa o banho todo a chorar, e enquanto o visto também. Ela gatinha à volta das minhas pernas e choraminga porque quer colo, enquanto eu preparo o jantar. Nunca vejo televisão à noite porque eles adormecem mais tarde e eu acabo por adormecer também... Ela dorme comigo e ele acaba por se deitar na sala quando chega. 
Nas noites em que ele trabalha, a minha ansiedade atinge picos inimagináveis.   


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A bolha outravez

  • Eles dormem. Hoje fui de novo sozinha e calma de manhã. Serena, sem suar. Cheguei cedo. Trabalhei concentrada. Fui busca-los, dei banho, jantar e colo. Serena, calma. Uma noite já passou. Preciso destas bolhas. Preciso muito.

Enfiei-me na bolha

Ontem enfiei-me na bolha.
Estive doente, eles também. A minha mãe foi operada na quinta, e eu fiquei com a Sofia... Na sexta ficou o pai. Soube-me bem sair de casa sem eles para variar. Apanhar o comboio calmamente, sem suar.
No fim-de-semana, muito por culpa desta gripe que não me larga, destilei. Passei todo o sábado a suar, mesmo sem fazer grande coisa. Cheguei de rastos ao final do dia. Ontem recusei-me a ir com eles ao parque. De tarde, fiquei com a Sofia e ela adormeceu.
Tomei um duche e sentei-me na sala.
 Ignorei a roupa para passar, e a máquina para por a lavar, ignorei a loiça para arrumar, a sopa para fazer. Deixei-me ficar. Limitei-me a estar.
Quieta, em silêncio. A descansar a mente.
Sem pensar em como iria fazer para trabalhar esta semana, onde iria deixar a Sofia.
Como me iria aguentar 5 noites sozinha com os dois... Cada vez me custa mais.
Não quis saber de nada.
Felizmente ela não chorou...
Deixei-me ficar. Senti-me entrar na bolha, o silêncio, o não estar a suar, a sensação boa de paz. Soube-me pela vida. Podia ter sido uma caminhada à beira rio, uma ida à missa sozinha, ou sentar-me numa esplanada sozinha em paz. Eu sinto necessidade de procurar uma bolha e de me enfiar nela, para respirar, para pensar, para me acalmar e não passar a vida a gritar e a mandar vir...
Entretanto eles chegaram, eu saí da bolha, nem me apercebi se repararam que eu estava mais serena, mas estava.
E ainda fiz sopa. E passei a ferro. E arrumei a loiça na máquina.
No fundo eu só preciso de me enfiar numa bolha, só minha. Com ar para respirar!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ter os filhos doentes é uma m#/%@

Há 3 noites que não sei o que é descansar. 
A Sofia está toda entupida, ranhosa e rouca. Não há neosineferina ou soro que lhe valham, está murchinha e chorona e olha para mim como que a suplicar que lhe valha e eu já nem sei mais o que fazer.
O Rafael está entupido e tem ataques de tosse e no meio pede para "comer xarope", também esteve rouco e murchinho e o que lhe tem valido é o actifed que apesar de o deixar cheio de sono e mais irritável, ajuda bastante a melhorar.

Já vamos com uma semana disto, e eu não me estou a aguentar porque estou muito cansada, cheia de sono e os fins de tarde e noites sozinha com eles estão a esgotar-me.

Custa muito vê-los assim... apetece-me ficar em casa a cuidar deles até que melhorem, mas não posso por isso eles continuam a sair da cama para a rua com o fresco da manhã, e a caminho do carro eu só penso que não lhes faz bem nenhum...